Recebemos a visita de uma professora de EJA que tem um duplo desafio: ensinar a jovens e adultos surdos! Com certeza uma experiência enriquecedora. Ela fez ponderações muito interessantes a respeito dos trabalhos apresentados em sala.
Professora Patrícia Araújo de Oliveira.
Vocês devem estar se perguntando: outra Patrícia?
E eu respondo: Sim outra Patrícia.
Mas vamos pular essa parte ta!
Então partiremos para as primeiras apresentações dos planos de aula feitos por nós e outras atividades pedidas pela professora que, em sua maioria, trata da prática docente do professor de EJA e métodos que podem ser utilizados para essa modalidade de ensino a tornando assim mais viva e dinâmica, diferente do que se costuma pensar quando fala em educação de jovens e adultos.
As primeiras apresentações foram das nossas colegas Daiane e Eliane que tiveram objetivos diferentes, porem, que se entrecruzam. Então vamos por partes!
Daiane teve como atividade à realização de uma oficina que deveria nos capacitar para o ensino das ciências naturais e exatas na educação de jovens e adultos.
Com uma linguagem simples e direta a colega nos deu um apanhado geral da EJA no Brasil, seu significado e objetivos. Destacou o caráter reparador, equalizador e permanente que a mesma pretende atingir e partiu para a efetiva utilização dessas ciências em sala de aula.
Em trios nos reunimos e criamos breves situações que poderiam inserir de forma objetiva e efetiva as ciências exatas e naturais nas turmas de EJA, levando em conta aspectos como:
• Os conhecimentos prévios dos alunos que assistirão àquela aula;
• O ambiente de onde eles vêm;
• No que trabalham;
• O que se pretende atingir com essa prática;
• Como é seu entendimento daquele assunto que está ser posto.
Para terminar chegamos à conclusão de que essas ciências, ditas tão exatas e estáticas, podem sim abranger esses tópicos anteriormente citados e serem trabalhadas até de forma interdisciplinar, onde o foco não seja apenas o conteúdo e sim uma aprendizagem significativa para o aluno e por não dizer para o professor.
Em seguida, nossa colega Eliane fez uma abordagem muito interessante com o tema: As práticas educativas do professor no processo de alfabetização de jovens e adultos, e seus conhecimentos sobre as funções da linguagem.
Ela direcionou sua aula para três pontos importantes da prática docente: o registro, o planejamento e a avaliação.
O material trazido pela colega sobre esses três pontos foi muito interessante e enriquecedor. Embora não podendo posta-lo aqui irei fazer um breve resumo sobre cada um deles.
* Registros: Para que servem os registros? Comunicar, documentar, refletir, organizar, rever, aprofundar, e historicizar. Nosso exemplo maior a respeito disso é o Diário de Bordo que utilizamos nessa disciplina, como um poderoso recurso para registrar nossas impressões, opiniões e as novas experiências que estão sendo adquirias ao longo do semestre.
* Planejamento: foi discutida a importância de planejar, não assegurar suas aulas nos livros didáticos, trazer novas abordagens para o cotidiano escolar, etc. Precisamos lembrar que planejar não é apenas relacionar atividades a serem desenvolvidas. É um processo de: conhecer a realidade sobre a qual se vai trabalhar; propor ações para influir nela e desenvolver as ações propostas avaliando sempre seus resultados para a continuidade do mesmo processo: avaliação, planejamento, execução e avaliação, assim por diante.
* Avaliação: ao contrario do que se pensa e pratica até hoje nas escolas, avaliar não é apenas um instrumento para medir os acertos e erros dos estudantes. A avaliação tem como função primeira orientar o trabalho do (a) professor (a) e o estudo dos alunos. Ela é um valioso instrumento do (a) professor (a) e acompanha todo o processo de ensino/aprendizagem. Por isso deve-se pensar em uma avaliação continuada, aonde vai se indicando as dificuldades e facilidades que estão sendo encontradas pelos alunos e professores.
Então é isso pessoal, através das minhas anotações no Diário de Bordo, pude fazer essa postagem para socializar o que aconteceu na aula do dia 04/11. Que como sempre terminou com o exercício do silêncio!
Deixo agora com vocês, e seus comentários, quais foram seus sentimentos e impressões sobre essa aula e como foi realizar esse exercício do silêncio.
Só para lembrar...
O enunciado do exercício do silêncio pedia para rememorarmos nossa relação com a televisão, situando nossa narrativa num “tempo” e num “espaço”.
By. Edna Pinheiro